Educadores comemoram nova proibição do cigarro eletrônico

Em decisão desta quarta-feira, 6 de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resolveu que os cigarros eletrônicos, ou “vapes”, devem continuar proibidos no Brasil. O documento ratifica uma nota técnica de abril que defendia o veto à venda, importação, comercialização e propaganda desses produtos no país, imposta desde 2009.

“Considerando o contexto atual, é muito importante que a Anvisa continue proibindo a venda de cigarro eletrônico no Brasil, para preservar a saúde e o bem-estar dos nossos adolescentes, que infelizmente têm tido acesso cada vez mais fácil a este tipo de substância, sem considerar os seus malefícios, muitas vezes por uma necessidade de ser aceito em grupos”, afirma a coordenadora pedagógica do Ensino Médio do Colégio Marista de Brasília, Bernadete Carvalho.

Para o professor de Biologia da 1ª e 2ª série, José Nascimento Júnior, a decisão da Anvisa também é acertada. “Quanto mais restrições houver aos cigarros eletrônicos, melhor. Nesses dispositivos, quem controla a concentração de nicotina a ser ingerida é o usuário, é ele quem faz a regulação. Ou seja, ele pode consumir uma quantidade muito maior de nicotina e de substâncias químicas e tóxicas do que em um cigarro convencional”, diz o professor. “E a nicotina é sabidamente causa de doenças e de dependência e juntamente com as outras substâncias causam doenças, dentre elas câncer”, completa.

A coordenadora pedagógica dos Anos Finais do Marista de Brasília, Luciana Lopes Domingues dos Santos, ressalta os malefícios do cigarro eletrônico. “Temos que confiar nos profissionais que atuam nos órgãos que regulamentam qualquer produto que pode ser consumido em nosso país. O uso do cigarro eletrônico tem gerado sérios problemas de saúde, portanto não vale arriscar a saúde”, diz.

Em abril, o relatório Covitel revelou que um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. Os dados mostram que os jovens são alvos dos fabricantes e são atraídos pelo design moderno, pela diversidade de sabores e pela publicidade que tende a negar os malefícios à saúde.

Riscos do cigarro eletrônico

Com o objetivo de conscientizar os jovens sobre os malefícios da utilização do cigarro eletrônico à saúde, o Colégio Marista de Brasília vem realizando o “Projeto Riscos do Cigarro Eletrônico”, voltado para os alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental à 3.ª série do Ensino Médio. O projeto contou com palestras e rodas de conversa com médicos e especialistas da área de saúde sobre os perigos do cigarro eletrônico. Além disso, o tema foi abordado nas aulas de química, biologia e produção textual.

“Nosso objetivo foi mostrar aos alunos que os cigarros eletrônicos não são só água. Eles contêm, assim como os cigarros tradicionais, substâncias químicas como glicerol, nicotina e alcatrão – além de metais pesados como níquel, chumbo, alumínio – e, portanto, também podem causar irritação nos brônquios, câncer e doenças cardiovasculares”, explica Bernardete Carvalho.

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